Copacabana
A morte da menina foi estranha
Desde o início ela vaginava nas ruas de Copacabana
Para fazer de elástica a vida
Ela resolveu ser
girl machine
De um camicase ao norte sul de Copacabana
Supurar em pêssegos maduros ao invés de ouvir conversas de
vizinhos chatos
Abortou um saco de pancadas da terra natal
E dizia eu sou
girl
Virgem de um marido vazio
Vago pelo destino
Um corpo foi encontrado à beira-mar
Ela sempre sonhou em morrer no mar
Mas antes queria ser o mar
E quando ela conquistasse o mar
Ele a levaria numa manhã de quarta-feira
Sob um sótão de arapucas
Com o recado do mar de Lanes
Terra à vista!
Terra à vista!
Meu bem
Marilene Vieira
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