quarta-feira, 1 de maio de 2024

exílio, poema de Gabriel Silveira


no céu sem estrelas
a festa de fogos
anuncia a corrida
que arrasta a poeira no beco
que fecha a janela
insone.

a linha de fogo cruza
o espaço
e ressoa distante
no canto do galo.
rajada de luz que mata a noite
na prévia da aurora rubra.

antes do sol
do alarme
e do noticiário
é o exilado que desperta
em desassossego.


Gabriel Silveira

Nenhum comentário:

Postar um comentário