sexta-feira, 28 de abril de 2017

Rainha de Maio


Sou todas as manhãs do mundo
A mãe, suas lágrimas, sorrisos e amores
Sou terra fértil, sou alma livre
Caminhando no jardim das delícias
Nadando em rio limpo
Sou mulher
Espelho e poesia do mundo
Heroína de mim mesma.

Ilma Pessoa

domingo, 23 de abril de 2017

A sós – Poema embolado


SE FOR
Amor tem que ser a dois
DUETO
em solo
VIBRANTE
e inteiro
CANTO
lírico e trovão
PRIMAVERA

outonal

Ilma Pessoa

sábado, 22 de abril de 2017

Desafio: sem letra u


Cadeira com encosto

avezei-me em viver
com essa dor latente
que va-ga-ro-sa-men-te
me declina.

Araújo

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Desatino


Sinto o bom dia leve da Brisa
Que diz que de mim faz cobiça 
Me tomas de leve atino
Penso em você. Desatino.

Deságuo no mar das tuas curvas
Da mesma primeira e ultima
Me aqueço com o calor dos teus poros
E inevitavelmente não para de olhar-te nos olhos.

Os olhos que já me prenderam
E as lagrimas que deles desceram
Disseram que de alegria saltaram
E pro doce amor me levaram

Atiro-me sem medo, como quem se joga no mar
Atiro-me em ti, como quem não quer mais voltar
Atiro-me sem paraquedas
Atiro-me para quedas.

Jamile Cazumbá

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Desmaterializar-se


(Som do vento)
sopro do mundo
os orvalhos caem levemente das folhas,
Caem lentamente das suas pálpebras
(Som de pingo d’agua)
pinga nas terras firmes
onde semeei.

Se enraíza
se alimenta dos teus próprios adubos
mas cresce,
cria galhos
e folhas
e flores
e frutos.
E se desmaterializa.

Te sinto, mas não te palpo,
não cabes em minhas mãos.

És a fresca que surpreende e refresca no meio do dia.

o pássaro que me visita nas manhãs
Me canta, me encanta
te alimentas
e voa. 

Me apaixono todos os dias, quando tu se vai.

Jamile Cazumbá