terça-feira, 30 de junho de 2015

Poema de José Juva


osso que recobre a pele
os sumérios sumiram
com as pérolas
e a telepatia
de alta velocidade
as canções
da invasão alienígena
e os desenhos do projeto
por um teletransporte
público
a mente sonha
com tartarugas
e fogueiras anciãs
polegares
coçando os olhos
da floresta
biografias das folhas
perdidas nas ventanias.

José Juva

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Abertura da exposição Poesia Agora


Às 19 horas de hoje, dia 22 de junho, será inaugurada, no Museu da Língua Portuguesa (Estação da Luz, São Paulo), a exposição Poesia Agora. Todos os leitores, colaboradores e amigos do Plástico Bolha estão convidados. Vamos celebrar a poesia (agora)!

terça-feira, 16 de junho de 2015

Abertura da exposição "Poesia Agora", no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo




É na próxima segunda-feira, dia 22 de junho de 2015, às 19h, a abertura da exposição Poesia Agora, uma criação do jornal Plástico Bolha em conjunto com o Museu da Língua Portuguesa, levando a poesia contemporânea para o centro da cena! Com curadoria de Lucas Viriato e coordenação artística de Domingos Guimaraens e Yassu Noguchi, a exposição estará em cartaz até o dia 27 de setembro, com uma programação especial e gratuita prevista para 8 sábados

A exposição Poesia Agora tem como principal objetivo explorar o cenário poético atual, apresentando ao público um pouco da obra de quase 500 poetas vivos, de todos os estados do Brasil e até do exterior. Além disso, ainda há o convite para o visitante também experimentar as palavras e tornar-se também um criador.

Venha ver, ler, inspirar-se e entrar na poesia, agora!



segunda-feira, 15 de junho de 2015

Planificação do mar


                                                                              A Georg Trakl
Ofusco-me no Vento em letras de ferrugem
Enquanto a tarde passa em verdes nuvens ocas,
Impressas à Canção das Náiades nas tocas
Do ocaso entre o carmim celeste e uma penugem

De Sono redentor. Na maré surda mugem
Os Cacos da unidade: espaços entre a
De marfim onde um barco esguio se desloca
Em tridentes de pó. Sobre o marulho surgem

Bocas de espuma, véus salgados nas madeixas
De minério solar vestindo um Fogo morto
Que ondeia azul no cais. Em taciturno horto

Marítimo, no branco, olvidada na areia
Vespertina, a sonora e reticente Ceia
De Íris, e nada mais sustenta alguma queixa.

Heitor de Lima

domingo, 14 de junho de 2015

Exposição Casa 70


É com muita felicidade que o Plástico Bolha vem convidar vocês para uma exposição coletiva da qual nossos autores e colaboradores Fernando Brum e Piti Tomé vão participar. Será na Casa 70, que fica na Gávea, dia 20 de junho, das 16 às 22 horas, e reunirá uma turma fera! A exposição será dia 20/06 anotem aí!! Quem se interessar, basta enviar um e-mail com o nome confirmando a presença no endereço que está na imagem em anexo.


quinta-feira, 11 de junho de 2015

Palíndromos tardios


Pedimos, para a coluna Desafios Poéticos da edição 35 do PB, palíndromos. O tempo passou, a edição 35 rodou, a 36 tomou as ruas - e não é que até agora chegam alguns? Atrasados demais para o impresso, mas atuais para o Blog, seguem os criativos palíndromos tardios de Frederico Bohland Neto.

Diálogo do Povo:
— Ele é senador?
— É sim.
— Mísero, dane-se ele.

Palíndromo do Vulcão:
Ata-me, aceso pó, a lava.
És Etna, e sem o fogo - fome.
Se antes é a vala, o pó seca e mata.

O velório:
Sal e vermes somava.
— Já vai?
— Lava...
— Era bom (sem ar)
— Oh!!!
— Caladas.
Na cova a dor vil...
— Ela dá uma saudade.
— Da duas...
Amuada, lê livro da avó. Cansada, lá chora.
— Mesmo bar?
— É - avaliava.
— Já vamos.
Sem revê-las.

Telegrama:
Tioná, rumo trôpego, foge Porto Murano, IT.

Reprovação:
Ada rufa tese: Toda Doença é Acne.
O dado: Tese ta furada.

Frederico Bohland Neto

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Plástico Bolha e o Museu da Língua Portuguesa




Exatamente no mesmo dia 21 de março de 2006, tivemos duas boas notícias para a nossa literatura: a inauguração do Museu da Língua  Portuguesa, em São Paulo, e o lançamento do jornal Plástico Bolha, no Rio de Janeiro. Agora, praticamente uma década depois, esses projetos se cruzam para explodir em poesia. Ou seja, vem coisa boa por aí: aguarde!