segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Elvira


Elvira, moça tosca, moribunda mosca, lacraia furibunda.

Macia.

Mocreia olhuda e peituda.
Brinca de boneca na boleia entre as pernas dos
caminhoneiros putanheiros.

Bêbada do bafo da boca de cobre e chumbo que fere com
bigodes espetados.
Finos feixes de fracas carnes e nervos gastos são perninhas
afiladas e laxos braços.

Pestanuda,
que assídua lágrima hesita lá e treme
antes de tombar no regaço.

João Luiz Azevedo

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