sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Um poema de Lorena Martins


a noite no sofá
é pele
cascata
que não alcança
a janela.

as tardes
se trancafiam
nos cantos da sala:

desperto
meu bonde abandono
a mão no parapeito
e minha garganta

que voa.


Lorena Martins

Nenhum comentário: