domingo, 19 de julho de 2009

Em Marselha — um texto de Luisa Noronha

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Olá!
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Estou em Marselha, uma cidade com um astral ótimo, autêntica e tão movimentada quanto denuncia a ventania constante — c´est le bon air de la Méditerranée — me disseram. E é mesmo o Mediterrâneo que sempre garantiu a autenticidade local. Seu vieux port é o mais movimentado da França e some no horizonte de tão longo; e foi nesse mesmo cais que aportaram os gregos no século VII a.C., passando pelos domínios romano e celta.
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Essa fusão de culturas que remonta à antiguidade é presenciada hoje na arquitetura de estilo, ora bizantino, ora neoclássico, nas feições miscigenadas e nas animadas feiras de rua, onde servem-se desde peixes frescos a kebabs turcos e um caldo marroquino estranhíssimo. Marselha é uma cidade de verdade: meio suja, alguns mendigos, fachadas encardidas e varais de roupas cortando o céu.
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Suas ruelas estreitas são tão instigantes quanto intrigantes, te levando longe ou de volta ao mesmo lugar, o que torna impraticável qualquer passeio sem um mapa na mão. O que mais se vê são turistas lutando contra a ventania para manter o mapa aberto.
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Caminhei pela cidade inteira hoje. Vi palácios, fortalezas, parques, o museu da história da cidade, uma catedral de peso à beira-mar e terminei o dia na principal atração da cidade: a Basilique Notre Dame de la Garde. No alto de uma colina, só a vista panorâmica da cidade já bastava, mas a basílica em esplêndido estilo romano-bizantino é uma pérola, revestida de mosaicos e folheada a ouro, é de ofuscar a vista de tanta beleza. Realmente de tirar o chapéu. assisti à missa e deu para acompanhar direitinho, até aprendi a ave-maria em francês.
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Acabo de voltar ao hotel, são quase 9h da noite, e o sol ainda teima em cair no horizonte. Vou dar um pulo no porto, a cidade deve ficar linda inundada pelo pôr de sol.
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bjs,
Luisa
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Luisa Noronha
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