segunda-feira, 28 de junho de 2010

Mais que aquático — de Luiz Fernando Priamo

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Vivemos a era de aquários
anunciada por um musical gringo,
crescem peixes que beijam o vidro
e saltam em busca de um outro lado.
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As possibilidades remotas
importam mais do que a morte.
Anúncios de ofertas, ofícios e sorte
apagam a vida do outro lado que sufoca.
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Por mais oxigenada que seja a meta,
as guelras não suportam esse jogo.
Para não ser mais um, um estorvo,
é preciso negar o que nos cega.
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Luiz Fernando Priamo
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