sexta-feira, 22 de julho de 2011

Eterna


Não sei de onde vêm,
és tão antiga e, no entanto, tão contemporânea.
Fitando o tempo e os homens.
Só a vejo no horizonte sem fim,
Vindo, vindo... balançando seus belos adornos brancos, enlourecidos
no brilho do sol, és mágica.
Se deixando pentear pelo velho e generoso vento terral
fica mais bela, aos meus olhos.
És bela e de majestosa exuberância, sem o vento também.
E quero ousar-te, pois o tempo em mim é limitado.
Eu sei e não nego.
Permita-me ser mais um a te contemplar,
se deixando dominar por mim, bem suave.
Desabrocha-me de vez
nas tuas entranhas magistrais,
mesmo sem saber no que vai acontecer.
Me ouso, me abuso sem pudor no teu tubo sem fim,
envolvendo-me,
no possível fim sem fim, não acabe de vez, não entendo.
Pois assim me entristece.
Respiro fundo e tomo força,
porque, a verei de novo,
mesmo com as mil e uma formas, serás bela assim mesmo.
Continuarei fiel a ti, és de verdadeira vontade,
sempre que meus olhos me permitirem vê-la,
deixando cada vontade sendo alimentada no eterno mais.
Oh, vontade sem fim!
Perpétua vontade de tê-la!
Não há igual!
Seja serena comigo, seja onda!

L
eonardo dos Santos Dias
.

Um comentário:

Franklin Lima disse...

Nobre sua poesia, parabéns!