segunda-feira, 4 de julho de 2011

Procurando o mantra da noite


O que espera essa noite de mim conhecerei


Digno de estranhar-me pelo elemento obscuro


No jantar das pessoas vegetando fora da inteligência;


Dessa vida tenho tudo diante dos meus pés, vejo mais


Ainda sobre o espírito absoluto e o corpo mutável.


Dilacerado desejo ardente nos vitrais do templo reinante


Nessa rua cosmopolita. Procuro agora ditoso e seriamente


Maluco por límpidas atenções febris! Febris! Esta é a palavra


Cortante! Dilacerante vertendo o vinho tinto do crepúsculo


Medonho de mui prazer.


Mais calmo entender sob a sombra do querer-te Amor saltitante;


Pouca emanação doce do homem bruto pelo dobrar de


Raiva, vendo sem sequer ter prometido o que jamais iria cumprir!


Não ponha pra fora escorraçando um cão servil e desastroso


Como qualquer vadio que acaba presenciando a asneira


Suicida dessa era mórbida - burra burra burra burra !........


Vadio e tudo o que quiseres proferir da patética boca;


Vadio sondando a tolice que tanto acabamos por voltar,


Para onde nunca sairemos, ou com certeza, nunca ilesos.


Densidade por densidade simplificando todo o nosso caminhar


Solitário, bobos que somos apaixonantes - e peça noturna


Trágica conhecemos bem, e continuamos a nos deitar com


Vossa graça. E a senhora diz:


Já são dez da manhã vagabundo!

André Siqueira

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