segunda-feira, 30 de maio de 2016

Surrealismo poético


Os relógios de Dalí
Diluiram na minha frente
Os ponteiros giram soltos
Veloz e precisamente

Vivo a sensação do tempo
Completamente afetado
No presente e no passado
Há um movimento parado

Preso na engrenagem solta
Sem estrutura na mente
No compasso, o passo rápido
Cada vez mais lentamente

Então vejo cães amarelos
Levando as torres do WTC
Macho e femêa, magrelos
Pessoas pagando para ver

Notebooks viram panquecas
Nas bordas da escrivaninha
Dois mouses na biblioteca
Concentrados, lendo Caminha

A fantasia surreal
Termina meio sem fim
E imagino ao natural

Livre dentro de mim

Deivison Souza Cruz

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