domingo, 17 de dezembro de 2023

Um poema de Mariana Fonseca

A forma da sua mão tece.
Aquilo pra mim é tudo. O amor das suas mãos, seus dedos firmes que me erguem e me limpam o traseiro. Me saboto, me dobro até onde quero e depois choro por não saber voltar. Você me abraça, me recolhe do mundo e me da leite de beber. Gravo teu rosto em ferro forjado e queimo os dedos desenhando tua boca. Seus olhos são os primeiros e os mais lindos que já vi. De costas pra vida só sei falar a tua língua, mamãe.
Mariana Fonseca

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