sexta-feira, 6 de junho de 2025

Café, um poema de Raquel Naveira


Dê-me café,
Quero escrever.

Uma xícara desse tônico
E terei forças renovadas,
Encontrarei a palavra perdida
Que caiu como folha
Da árvore da vida.

Dê-me café,
Quero escrever.

Sou aristocrata,
Poeta,
Basta o aroma
E cantarei a luta de amor e fé
Nesta página aberta.

Dê-me café,
Quero escrever.

Estímulo para meu cérebro,
Investigarei pensamentos,
Sentimentos,
Decretos divinos
E registrarei tudo
Com dedos ágeis sobre as teclas.

Dê-me café,
Quero escrever.

Um pouco mais
Dessa infusão das Arábias
E não terei mais sono,
Revelarei segredos,
Juntarei letras em estranhas galáxias
E mergulharei num outro universo.

Dê-me café,
Quero escrever
Até morrer.


Raquel Naveira 

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