sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Um poema de Carlos Orfeu


o edifício
arquitetura-niemeyer
fauna pétrea com salas
escadas/elevadores/funcionários

engole o poente
em  sua concretude
e desce todos os andares
na pupila

entre a efusão da realidade
pessoas perambulam na vertigem
com seus relógios de estimação
nas coleiras rosnando
tempo


Carlos Orfeu

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