sábado, 19 de março de 2011

Poder amputado

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A força destituiu sua mão.
Com a bandeira, estou na rua.
Eu sei, não vale nada seu sermão,
é que minha pele está nua.

Vejam, as feridas me deixaram de cama,
mas durante esse tempo eu pensei melhor.
Pensei no passado que era pintado em gama.
Sorri, decide ignorar e suportar essa dor.

Seus tanques apontados
nos ensinam uma lição:
Somos de carne e osso.

Deixamos nossas casas para trás (desapontados).
E as lágrimas cortam nosso rosto.
Acamam-se ao chão, fertilizando-o;
é que a democracia não
pode ser em vão.

Presságios à democracia; desmedidos obstáculos.
Irás pensar: Quimeras no horizonte?
Não é verdade. Ordem de uma opressão.
Ora que jaz, sigo e não quero olhar pra trás.
Para o outro lado do rio; longa travessia pela ponte.
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Fabiano Mafia Baião
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Fabiano Mafia Baião é nosso leitor de Belo Horizonte e já publicou diversos textos no Blog do Bolha.
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Um comentário:

João disse...

Maravilhoso.