Como eu posso deixar você ir se o ar que eu respiro são as suas raízes que cresceram na minha medula?
Tenho medo do meu corpo. Ele é opaco a mim, uma sombra do tempo presente. Ao outro, ele é translúcido, uma extensão de um passado que não me pertence.
Tenho medo de quem a essa couraça pertence.
Tenho medo da dor.
Eu sei que a dor é maior do que a psiquê consegue carregar e do que a carne sustentará, mas até quando a carne é o fardo do ser de ser humano?
Enfim, tenho medo da minha dor.
Maria Júlia Barroca
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