sábado, 14 de março de 2009

Dores do mundo, poema de Patrícia Couto

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Olhos de fome
Me falam todos os dias
Olhos de tristeza
Me choram a cada hora
Olhos de angústia
Imploram-me amor
E meus olhos se fecham
Apagados pela dor
Mas não posso evitar
Esta música cortante
Melodiosa e corrente
Que meus olhos sempre ouvem
Gostaria de possuir
O bálsamo calmante
O sonífero apaziguador
Poderoso restaurador
Para as dores do amanhecer
E as angústias do anoitecer
Que vazam destes olhos
Que me fitam a cada dia
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Patrícia Couto
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Patrícia Couto é formada em Matemática com Informática, fez Pós na PUC-RJ e MBA na FGV-SP. Por sorte, as ciências exatas não a impediram se seguir escrevendo seus versos.

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