quarta-feira, 24 de julho de 2024

Um poema de Thássio Ferreira

como
através de uma brasa
—a própria língua —
aprender a sangrar
                                   uma voz

que em sua dança de relance
alcance dizer em pânico
palavra que valha a pena

como
pólen de pensamento
gozo desajustado
lampejo doce
                        delirância

Thássio Ferreira

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