raquíticos sob zinco
descem o morro para trabalhar
às quatro e quarenta da manhã.
marcham tristes para as fábricas
em busca de vale e cesta básica.
como curso de córrego
que jamais encontrará o mar.
córregos que são como bocas
que só mastigam carniças e espinhos.
como pombos esmagados
por automóveis banhados de sol.
Rogério Batalha
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