Os relógios de Dalí
Diluiram na minha frente
Os ponteiros giram soltos
Veloz e precisamente
Vivo a sensação do tempo
Completamente afetado
No presente e no passado
Há um movimento parado
Preso na engrenagem solta
Sem estrutura na mente
No compasso, o passo rápido
Cada vez mais lentamente
Então vejo cães amarelos
Levando as torres do WTC
Macho e femêa, magrelos
Pessoas pagando para ver
Notebooks viram panquecas
Nas bordas da escrivaninha
Dois mouses na biblioteca
Concentrados, lendo Caminha
A fantasia surreal
Termina meio sem fim
E imagino ao natural
Livre dentro de mim
Deivison Souza Cruz
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