Sempre penso em deus
preso na vastidão
do negrume que há por trás dos céus;
penso em deus e faço notas
sobre o silêncio e a solidão.
Concluo mais ou menos
que deus é também um pedaço de breu,
de morbidez inefável.
Quando penso em deus,
breus e vastidões,
não consigo deixar de me perguntar
em que lugar do silêncio choviam estrelas
nas tuas primeiras horas.
Jenifer Saska
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