quinta-feira, 16 de abril de 2020

Guia, poema de Adalberto de Queiroz


A minha solidão desperta-me, convocando
a um retiro longo e silente —
no mar Cáspio, diante do imaginário.

Trama transporta-me célere
ao deserto de Owami. Sozinho, posso ver
as vidas dizimadas em aldeias africanas —
naufrágios variegados,
embarcadiços da Esperança.

Imaculee Ilibagiza segredou-nos
o desastre — salvados somos
Tu e eu, leitor irmão, à imaculada
Madonna Nera clamamos:

Vinde Mãe Santíssima, em nosso socorro,
Valei-nos, Nossa Senhora da Guia!

Adalberto de Queiroz



Adalberto de Queiroz é autor de "Destino Palavra", Goiânia, 2016.

Nenhum comentário: