segunda-feira, 1 de julho de 2024

Julho, um poema de Alexandre Bruno Tinelli

Hoje a noite é tênue
e diante do golfo iluminado do teu corpo
o mar se reencontra com o ar.
Você dorme. E meu coração sente
uma necessidade rouca
de tecer novas relações com a luz.
Súbito se anulam os impulsos
que fazem da vida um ritmo constante
de erros. Não é hora de despedidas.
Tampouco se alargam as margens
do que era plano e era sonho.
Um corcel negro cavalga meu peito
rumo ao incêndio onde agora me deito.

Alexandre Bruno Tinelli

Nenhum comentário: