sábado, 8 de março de 2025

Mulher


À noite, tempestade,
amanheço nublada
à janela, manhã de inverno,
reflexos internos,
tantas minhas metades.

Espelho quebrado dá azar.

Há quem se mire
todo, inteiro de tudo?
— Não.

Eu nuca
bebo. Minto às vezes
para consolar o mundo
que anda triste.
Anoiteço toda inverno,
quente numas partes,
labareda noturna
sou, em toda parte, Mulher.


Jade Prata

Nenhum comentário: