quinta-feira, 24 de julho de 2025

Um poema de Fabrício Carpinejar


                                                              Abaporu, Tarsila do Amaral, 1928


Não sei me despedir
da vida, do trabalho,
dos pais.

A indiferença cobre-nos de igualdade.
Não me enraizei,
muito menos presto para ser colocada fora.

Minha razão é inferior ao desejo
Penso com os pés.


Fabrício Carpinejar

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