Subia as escadas correndo tentando no meio daquela
excitação me controlar. Te encontrar naquela noite não estava nos planos e você
me surpreende quando paga a conta pega os vinhos me puxa pela mão e me tira os
sentidos. Totalmente fora de sentido. Mostrando que o tempo para nós não existe
é nosso. E então você corria atrás de mim. Eu nervosa para você logo chegar
confusa para me entregar. Aos poucos vou sentindo seu cheiro e de uma só vez você
me leva me eleva me tira do mundo com aquele beijo. Aquele beijo que eu tinha
guardado na parte de trás da minha nuca guardado numa memória não acessada a
tempos guardado na parte mais especial da minha vida por debaixo de toda a nova
rotina. Durante aquele beijo eu larguei tudo que conquistei nesse tempo e
voltei a ser como sempre fui e tinha me esquecido. Meus pés mal tocavam o chão
meu sapato já tinha saído do pé e encostava naquele ladrilho gelado era o único
ponto gelado em mim. Daquele momento ofegante numa mistura de tesão com
felicidade já não existia silencio você berrava dentro de mim. O elevador mudou
de andar nos chamando a atenção voltamos a subir os degraus até meu
apartamento. Lá estava você no mundo que criei sem você de novo comigo para
sempre comigo. Mesmo sem saber me carregou até a cama minhas pernas trêmulas em
torno do seu quadril escorregavam de vontade. Fez em mim o que melhor sabia
fazer fui longe delirei voltei. Tomamos vinho com cigarro de janelas abertas
como se frio não existisse naquele quarto. Adormeci contando os pelos do seu
peito que sempre soube quantos eram. Amanheci doente de paixão.
Beatrice
Feital
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