Pedimos, para a coluna Desafios Poéticos da edição 35 do PB,
palíndromos. O tempo passou, a edição 35 rodou, a 36 tomou as ruas - e não é que até agora chegam alguns? Atrasados demais para o impresso, mas atuais para o Blog, seguem os criativos palíndromos tardios de Frederico Bohland Neto.
Diálogo do Povo:
— Ele é senador?
— É sim.
— Mísero, dane-se ele.
Palíndromo do Vulcão:
Ata-me, aceso pó, a lava.
És Etna, e sem o fogo - fome.
Se antes é a vala, o pó seca e mata.
O velório:
Sal e vermes somava.
— Já vai?
— Lava...
— Era bom (sem ar)
— Oh!!!
— Caladas.
Na cova a dor vil...
— Ela dá uma saudade.
— Da duas...
Amuada, lê livro da avó. Cansada, lá chora.
— Mesmo bar?
— É - avaliava.
— Já vamos.
Sem revê-las.
Telegrama:
Tioná, rumo trôpego, foge Porto Murano, IT.
Reprovação:
Ada rufa tese: Toda Doença é Acne.
O dado: Tese ta furada.
Frederico Bohland Neto
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