sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Axiomas de prelúdio


Pega a Onomatopeia pega ela depressa pega e se exaspera e pega e se apressa. Pega com pressa, faz uma compressa para dor de cabeça. Liberta toda a fome da sexta-feira. Libera a cabeça que gira depressa. Liberta o sentimento poeta. Liberta várias almas com calma. Abre o decassílabo, persegue nele o destino. Segue de mansinho, vai depressa ao Anacoluto. A casa, o homem adentrou batendo as pernas com tudo. Contudo a hipérbole é assintomática. Tic-Tac no meu coração. Faz a metonímia transar a metáfora na maior das sinestesias com a personificação do criado mudo, pois o crioulo surdo já fala de provérbios velhos.

Axioma marginal
Polissíndeto acidentalmente marginal te dou aval
Que fales por mim!
Que saia das saias de roda
Que force a força do braço
Que pegue a enxada na roça
Axioma marginal
Não seja tu o meu banal
Sonho realmente
Verdadeiramente venal
Real metáfora
O sapo engole a cobra
Língua de sogra
Veneno chacal
E gato foge de cão
A galinha fala do milharal no quintal
Infâncias da gente
Seja veemente
Venha ainda que descontente
Quebre um dente
Leia a prosopopeia
Faça um verbeto
Reverbere no clarinete do negro
Antes venha com antíteses
Mímicas e mímeses
Engrosse o glossário
Escondendo o guarda-chuva no armário
Já que eu sei
O cacófato lerei
Saio do pleonasmo
Sou vicioso exagero
Ah! que coisa verifica a zeugma
E evita o barbarismo
Vibre com sufixos
E prefixos
Também não os esqueça
Guarde este poema de cor no coração.

Antônio Marcos Abreu de Arruda

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