Sonhei que escrevia um poema
e nos versos desenhava o arrebol
dentro de mim cresciam castelos
dentro de mim nasciam árvores
na ponta do meu corpo brotavam confusões
ao norte eram apenas os segredos
de uma noite ilusória.
Imaginei Macário a declamar os meus delírios
em cada descompasso que minhas lágrimas
ofereciam ao Anjo de Sodoma
Desenharei algum dia a cena que me alucina
e será a grande obra do acaso.
Os sonhos não receberão aplausos
não receberão um beijo
não receberão um abraço
Rodrigo Brito
Nenhum comentário:
Postar um comentário