Caminhou de maneira lenta em direção ao portão.
Repousando o frágil corpo no sofá acomodou o fucinho
entre as patas dianteira e estendeu um doce olhar sobre
os céus e a terra.
Pássaros revoavam entre o cromos e os homônimos naquele
espaço-tempo, por alguns instantes com olhar sereno admirou
o deslumbre dos tons rosa no pé de muzenza daquele jardim.
Com os olhos marejados, ela buscou os meus olhos molhados,
suspirou ofegante, se libertando daquele corpo ainda
presente.
Um rio salgado inundou minha alma, deslizando suas águas
sobre
a minha madura face...
Marta Pinheiro
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