Teu corpo vagando nu pela mata intocada da minha alma.
Você, guerreira, imponente, potente. Grandeza e força.
Eu que não sou poeta, nem poetisa.
Sou poema, rima e verso.
Sou língua macia, certeira, inquieta.
Teu corpo suado revela as mensagens que a tua boca faminta insiste em engolir.
As pontas dos meus dedos fazem uma leitura exata do teu ser pelo avesso.
Avesso da tua profundidade molhada e morna, caminhos ora conhecidos, ora cenário escuro para que eu possa tatear, apertar, amassar, morder e me perder.
Sigo deslizando pelas plumas das tuas asas que me embalam, me tiram o ar e, então, me devolvem a vida.
Vida que se concentra nas gotas de suor instaladas nas dobras dos teus joelhos, na curva do teu pescoço e nas linhas perfeitas dos teus seios.
Andas nua pela mata banhada de sol da minha alma. Amazona, grandiosa e desenvolta, me guias para dentro do teu templo, enlaças meu corpo com tuas pernas velozes, me derretes e transformas minha fome em deusa que descansa no sagrado do meu ser. Ser este – que agora e há vidas – possuis na palma de tuas mãos.
1. Amazona S.f.(a) 1. Na mitologia grega, membro de uma tribo de mulheres caçadoras e guerreiras que teriam vivido na Europa oriental. 2.P.ext. Mulher alta e resoluta. de ânimo agressivo e varonil. 3. Mulher que pratica a equitação 4. Traje especial feminino, para montaria.
Mari Cê
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