segunda-feira, 21 de agosto de 2023

SERTRANSNEJA BALAIEIRA

Travesti que é balaieira
Roda no maracatu
e resiste com o corpo do balaio
Na flor do caju

Travesti é ser vivente
da sobrevida no sertão
enfrentar ódio indolente
é mais que aperreio, bala e facão

Foram chamar as trava da peste
Que é que há se eu vim do nordeste
eu vim de lá
eu vim de lá,

Roda balaieira
Vai rodando sem parar
Vai rodando no balaio
Na flor do maracujá

Axé maracatu elétrico
Axé meu povo nagô
Axé as trans de Aracatiaçu
Dança dança meu amor

Tertuliana Lustosa e Wescla Vasconcelos

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