quinta-feira, 14 de março de 2024

Urgências


Urge a paciência a passos lentos
Urge a guerra na Ucrânia
Urge retroalimentar o crânio
Urge libertar o pássaro
Urge assaltar o avaro
Urgentes indigentes
Urge indiferente, desta ou daquela gente
Passa ferro na minha mente
Fulgor dos unguentos
O que urge e desagua feito onda do mar ou lágrima
Urge a saudade no peito que rebenta
Esta troça não aguento
No teu útero o meu rebento
Filho da Pátria nossa que amamento
E se conclamo a dor derradeira cavalgadura
É que esparramado feito espasmo espirro o gozo na boca tua
Urge para o bem ou para o mal o ânimo
Urge não morrer nem matar o meu irmão eslâmico
Urge em nós o sexo tântrico
Urge a lâmpada
Urge o Vagalume
Urge meu peito roçando o peito teu
Urge o urso hibernando
Urge o último relâmpago
Urge minha sina
O sinal de trânsito
A construção
Urge a infância no futuro
Urge que derrubemos das prisões os muros


Antonio Marcos Abreu de Arruda

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