sábado, 30 de janeiro de 2010

Polpa, um poema por Nathanael Araujo

a Viviane Mosé
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o sal que põe em minha boca
tem gosto adocicado,
febrífugo para feridas
em processo de cicatrização.

minhas veias dançam

meu corpo envolve
minhas mãos

arraigadas no solo
que um dia há de acolher
o descanso do que fui.

invento nomes, semeio sonhos,
rugas em processo de gestação
infinitamente amanhecendo

sobre o deserto que me veste

sarei minhas despedidas
ao te receber

sarei o meu abandono

no abraço de um corpo plantado
na pulsação de horas
a conceber vidas e mortes. em ciclos.

dentro do meu peito

flui um rio de águas claras.
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Nathanael Araujo
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Nathanael Araujo é nosso leitor de Rio das Ostras, no estado do Rio, cidade que acabou de receber a última edição impressa do Plástico Bolha.
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3 comentários:

Daniela Velasquez disse...

escrita impecavel. sensorial. exelente poema!

Daniel P. Tavares disse...

Muito bom.

Géssica Marquezini disse...

Muito bom! Adorei. =)