segunda-feira, 16 de julho de 2012

Cafeína


Nesses tempos fica só
o gosto de café
na língua.
às vezes até ardida
da pressa do gole,
da correria.
fico excitada,
admito.
E não é sexual, não.
É fogo na alma,
entende?
Já não durmo há
três dias. Até deito
na cama jogada
entre livros risos e
poesias.
Mas sempre acordada.

a porta eu fecho,
no gosto de barulho
no pensamento.
Ai de mim se eu não

fosse meus contornos
es-can-ca-ra-dos.

Diana Sandes Gomes

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