: na dança, o vazio
do
corpo em pé
do
enfado incorporado
ao
incômodo desesperado
por
gestos.
:
pelo chão, rastros
de
pés primitivos
nus
em risco
na
brusca busca
pela
explosão
riscada
em puro
movimento
anulador.
:
inumano, o corpo
em
forma deformada
distrai
os contornos e
transpõe-se
ao ritmo
conforme
atravessa
a
pele sobre os
músculos.
:
orgânicos, atlânticos,
pés
em braços sob costas
encostadas
no outro
que
é pura extensão
de
si em um só.
a
perna segue sozinha
com
voz encaminhando
os
ossos.
:
coreografia do absurdo -
o
corpo não se sabe
só.
o
corpo só
se
cabe
morto.
Maíra
Ferreira
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