quinta-feira, 14 de maio de 2015

Poema de Felipe Andrade


Não olhe para o poeta
com esses olhos
de quem se olha no espelho
observando sempre
  a mesma boca pequena
  o mesmo nariz afunilado
  o mesmo queixo alongado
  e a cara redonda.

Olhe para o poeta
com o mínimo de olhos
de quem se olha nos olhos.

E quem sabe
nos olhos do poeta
verá a tua
verdadeira

dimensão.

Felipe Andrade

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