Não olhe para o poeta
com esses olhos
de quem se olha no espelho
observando sempre
a mesma boca pequena
o mesmo nariz
afunilado
o mesmo queixo
alongado
e a cara redonda.
Olhe para o poeta
com o mínimo de olhos
de quem se olha nos olhos.
E quem sabe
nos olhos do poeta
verá a tua
verdadeira
dimensão.
Felipe Andrade
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