Os passantes no Fausto se desfolham
entulhados de peixes e reflexos
nas valas maceradas do Estado
Vacilam como quem inventa horas
Num rio que não aceita outro labor,
E espalha uma
canção na relva d´água
Teus olhos brônzeos como o lombo de Ares
assentando na margem uma sibila
a divergir no caos do riso alheio
Tua fala a romper-me como um hímen,
envolta por
um átrio de questões
como no eco a Insígnia se desmonta
Hordas de nuvens, lábios volteando
o desmembrar da chuva, como Éolo,
desnudos nas trincheiras do acaso.
Heitor de Lima
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