O compositor Toninho Horta lança seu livro/biografia
“Toninho Horta – Harmonia compartilhada”
E o poeta Petrônio Souza Gonçalves
Lança seu terceiro livro “Um Facho de Sol como Cachecol”
Antes da sessão de autógrafo haverá um bate-papo com os
autores
Dia 19 de novembro na livraria Argumento
Rua Dias Ferreira 417, Leblon. Às 20h. Rio de Janeiro.
Toninho Horta é um dos maiores músicos do mundo. Tem vários discos gravados e distribuídos em todo o planeta e agora apresenta em livro um pouco de sua trajetória. Para citar apenas dois nomes, Pat Metheny e George Benson, considerados ícones da guitarra, estão entre os artistas que o reverenciam. Toda sua carreira, sucessos, discos e histórias curiosas poderão ser conhecidas agora pelo grande público com o livro “Toninho Horta - harmonia compartilhada”, escrito por Maria Tereza Arruda Campos.
O jornalista Petrônio Souza Gonçalves lança o seu terceiro
livro, o segundo de poemas, com imagens poéticas inusitadas, como já revela o
título: “Um Facho de Sol como Cachecol”. Composto por 231 poemas, os textos não
têm título, o que é uma inovação na forma de compor os versos pelo autor, vindo
cada um poema com a primeira frase em destaque, sendo o título de cada texto.
Nas palavras de Luis Fernando Verissimo, o autor é uma revelação na poesia:
“Entre o lírico, o irônico, o insólito e o confessional viaja a poesia do Petrônio.
Realmente uma revelação”.
Antes da sessão de autógrafos, os autores farão um
bate-papo, quando abordarâo detalhes e características de suas obras, além da
poesia na música popular brasileira, histórias do Clube da Esquina, bastidores
do mundo literário, e as eternas parcerias de Toninho Horta e suas gravações.
Haverá, ao final, espaço para perguntas do público.
Toninho Horta - Compositor de Manoel, o audaz, música que
lhe deu fama, Toninho Horta é cultuado pela crítica mundial especializada e por
fãs ao redor de todo o planeta. Para citar apenas dois nomes, Pat Metheny e
George Benson, considerados ícones da guitarra, estão entre os artistas que o
reverenciam. Toda sua carreira, sucessos, discos e histórias curiosas poderão
ser conhecidas agora pelo grande público com Toninho Horta – harmonia
compartilhada, livro escrito por Maria Tereza Arruda Campos. Nascido em 1948,
na cidade de Belo Horizonte, cresceu numa família extremamente musical: o avô
materno era maestro e compositor e a avó tocava piano. Ganhou seu primeiro
violão aos 10 anos e foi sua mãe quem lhe ensinou os primeiros acordes, junto
com o irmão Paulo, 15 anos mais velho, músico profissional e um dos ídolos de
Toninho. Não demorou para fazer sua primeira música, “Barquinho vem”, com letra
da irmã, Gilda, uma das grandes incentivadoras de sua carreira.
Um dos primeiros encontros musicais foi com Milton
Nascimento, na década de 1960. O irmão Paulo levou “Bituca” para tocar num
evento musical que as irmãs promoviam em casa e pediu que Toninho, então com 16
anos, tocasse para Milton ouvir. A partir daquele dia tornaram-se grandes
amigos, repetindo muitas vezes as sessões musicais.
A estréia profissional aconteceu aos 17 anos. Começou a ser
conhecido pelo público em 1967, quando participou do II Festival Internacional
da Canção, no Rio de Janeiro. Na ocasião, classificou duas de suas composições:
Maria Madrugada , interpretada pelo grupo vocal O Quarteto, e Nem é Carnaval,
cantada por Márcio José. No mesmo concurso Milton Nascimento maravilhou o Brasil
com sua voz ao interpretar Travessia, Morro Velho e Maria, minha fé.
Após o Festival, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde chegou
a morar junto com Lô Borges, Milton Nascimento e Beto Guedes. A primeira
cantora a gravar uma música sua na cidade foi Joyce, interpretando Litoral. A
partir de então vários artistas passaram a conhecer o seu trabalho.
Um dos capítulos é dedicado ao disco Clube da Esquina,
lendário álbum gravado em 1972 e que projetou definitivamente os músicos
mineiros no cenário nacional. No ano seguinte Toninho acompanhou Gal Costa em
turnê e fez sua primeira viagem ao exterior. O primeiro reconhecimento
internacional veio em 1977, quando a revista londrina Melody Maker o elegeu
como o 5º melhor guitarrista do mundo.
Embora tenha contado com a participação de músicos como
Wayne Shorter e Herbie Hancock, seu primeiro disco solo, Terra dos Pássaros,
levou quatro anos para ser lançado, em 1980, pela dificuldade de conseguir uma
gravadora – todas achavam “artístico demais” e o álbum acabou sendo feito de
maneira independente. A mesma dificuldade fez com que no final dos anos 90,
após nove anos morando nos Estados Unidos, ele criasse sua própria gravadora, a
Minas Records.
O livro passa também pela formação da banda Som Imaginário,
legendária banda que por alguns anos acompanhou Milton Nascimento. Toninho fez
parte de uma de suas formações e participou da gravação do disco Milagre dos
Peixes. Na obra ele relembra, ainda, as apresentações em outros países
asiáticos e europeus, além de sua relação com fãs. Um dos capítulos da obra é
dedicado ao encontro musical com Pat Metheny, enquanto outro fala da gravação
de um disco com George Benson, ainda não lançado comercialmente.
No final da obra Toninho faz também declarações de caráter
pessoal, que dão a dimensão humana desse profissional da música.
Petrônio Souza Gonçalves - O jornalista Petrônio Souza
Gonçalves lança o seu terceiro livro, o segundo de poemas, com imagens poéticas
inusitadas, como já revela o título: “Um Facho de Sol como Cachecol”. Composto
por 231 poemas, os textos não têm título, o que é uma inovação na forma de
compor os versos pelo autor, vindo cada um poema com a primeira frase em
destaque, sendo o título de cada texto. Nas palavras de Luis Fernando
Verissimo, o autor é uma revelação na poesia: “Entre o lírico, o irônico, o
insólito e o confessional viaja a poesia do Petrônio. Realmente uma revelação”.
Depois do livro de estréia, Memórias da Casa Velha, de
contos, de 2004, e Adormecendo os Girassóis, de poemas, de 2007, Petrônio viaja,
nesse novo trabalho, pela temática de um homem preso ao seu tempo e pelas
paisagens mineiras que o cercam, que ele carinhosamente chama de ‘as coisas do
porão’.
O poema que abre o livro é dedicado ao grande amigo de
Petrônio, o jornalista Sebastião Nery, em que o autor aborda a temática do
tempo, em que se lê: “O tempo é mesmo um deus cruel.../ Crava em nossa memória/
A espada enferrujada das horas./ No rosto,/ O traço roto dos anos sem pincel./
Sem demora,/ Minuto a minuto,/ Nos devora./ Nos mastiga com a força do
pensamento/ E nos cospe na sarjeta da eternidade”. Na seção de máximas,
encontramos uma sobre o amor: “O amor é como um poema,/ Tem vida longa,/ Em
frases pequenas”. Outros também compõem o livro, como: “Para arrumar a casa,/ É
preciso afastar os móveis” ou “Eu sei,/ Depois esqueço./ Melhor a vida assim,/
Recomeço”. Todos os poemas foram escritos nos últimos cinco anos. O livro teve
o apoio cultural da CENIBRA – Celulose Nipo Brasileira SA.
Um Facho de Sol como Cachecol tem o prefácio assinado pelo
cronista e dramaturgoAlcione Araújo, grande amigo de Petrônio, falecido
prematuramente. O livro traz ainda a capa assinada pelo cartunista Paulo
Caruso, além de depoimentos deFernando Morais: “Quem aprecia bons poemas, como
eu, vai se deliciar com este ‘Um facho de sol como cachecol’. Como diria
Tristão de Athayde, aviso aos navegantes: tem poeta na praça. Dos grandes”.
Artur Xexéo: "Há uma delicadeza na poesia de Petrônio que a gente não vê
muito por aí. Nela, a primavera tem sabor, as borboletas nascem em plantações,
as madrugadas são música. É uma delicadeza mineira" e do acadêmico Zuenir
Ventura: “Há na poesia de Petrônio um tema recorrente que ele aborda com muita
sensibilidade: o tempo, com sua passagem implacável e fugaz. É o tempo devorador
de pessoas e coisas, capaz de ‘cravar em nossa memória a espada enferrujada das
horas’, assim como pode ‘manchar com sua ferrugem os paralelepípedos quebrados
das ladeiras de Ouro Preto’. Ao contrário, porém, da fugacidade do tempo, os
versos que ele inspira neste livro se destinam a resistir, a permanecer.” Para
Alcione Araújo, “Petrônio fantasiou e coreografou nossas surradas palavras para
dizer ‘Um Facho de Sol como Cachecol’, de um jeito que jamais diríamos”.
Escritor e jornalista, Petrônio mantém uma coluna semanal
sobre política e cultura em mais de 40 jornais Brasil afora. Em 2005 ganhou o
Prêmio Nacional de Literatura "Vivaldi Moreira", da Academia Mineira
de Letras, como segundo colocado. Atualmente é editor da revista literária
Imprensa na Praça e da revista Memória CULT, dedicada à história e à cultura
mineira, ambas são distribuídas gratuitamente, além de ser o redator do
programa televisivo dedicado à cultura brasileira Arrumação, apresentado por
Saulo Laranjeira.
Crítica do Jornal Correio Braziliense: "Em suas 238
páginas de pura poesia, o autor conseguiu dar a ela, a poesia, uma imagem de
pureza, ligeireza, leveza e beleza, que - vale confessar - , jamais vi. A cada
página, uma surpresa, tal a sua originalidade e forma de fazer poesia, como a
da página 114. em que se lê: "Aprendi a ser como o ipê: Quando escureço.
Despido entristecido padeço; Aí é que floresço." Até que chegamos à última
página com: "Para arrumar a casa/É preciso afastar os móveis". O
óbvio mais poético de que se tem notícia."
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