segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Noites maléficas


Ao caminhar da noite, 
A cama conversa com o personagem do mundo inacabado, intriga-o com conversas complexas e soníferas. Conversas essas, que exteriorizavam os males de uma população culpada que se saia impune da punição natural. 

No amaciar do travesseiro, 
o bêbado de sono têm pensamentos com raízes desconhecidas, neles almeja apenas o fim de sua raça infecunda e desgracenta. 
Discorrendo sobre o descuidado do mundo consigo, o alcoólatra tem o coração disparado, uma sensação nunca antes sentida, mas profunda como os oceanos navegáveis do planeta que mal se sustenta. 

Com a chegada do sol milenar, 
o consciente de si sente o vento da janela em seus pés descobertos
Acordando, levantando, imaginando 
Não acredita em sua noite repleta de magia e conclusões cruéis sobre o que o cerca, sente a pós-modernidade escalpelar sua carne com uma faca cega e enferrujada. 
Em milésimos, o humano conclui que prefere não acreditar na realidade em ruínas, em segundos prefere sua exclusão dos acontecimentos carnais, em minutos se deixa levar pela correnteza violenta do metrô, se tornando uma mera massa inútil de um lugar vão.

HISTORY

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