Hanishira ouviu o ronco do motor e isso fez com que ela saltasse da cama, de um só pulo e se pusesse em frente ao espelho do banheiro. Jogou, com as duas mãos, água gelada no rosto para ativar-se.
Era ele, tinha certeza, acabara de dobrar a primeira ladeira, virara a esquina lá em baixo. Subiu e ela o ouviria mais uma vez quando contornasse a segunda curva. Ele contornou. Estava mais perto. É ele! Sem dúvidas é ele: ele e sua moto amarela. Pensou apertando involuntariamente as pernas. Que sensação gostosa que fazia o motor da possante amarela enquanto pousava nela sua buceta! Só de pensar nisso ficou com muito desejo. O que esse cara havia feito com ela? Que tipo de feitiço era aquele?
A água fria escorreu pelo seu peito que enrijeceu. Ela tirou a calcinha e a camiseta de malha e colocou uma camisola transparente e um roupão com motivo de gueixa, queria deixar bem entendido, que estava ali para servir.
Ouviu o motor silenciar em frente à casa. Rapidamente aplicou um blush e um rímel, apenas para ressaltar o olhar e ganhar uma cor. Ele assobiou. Isso é bom, lembrou que a campainha está com defeito. É sinal que pensou em mim, que tá ligado. Hoje, nada daquele papo tântrico, hoje eu parto pra cima dele e com sorte ele será o cara que terei coragem de falar: Vai, come a minha buceta! Abre ela todinha! Pronunciar essas coisas lhe enchia de tesão. Mas raras foram as vezes que ousou pronunciar na hora do ato sexual a palavra buceta. Só na cabeça, pensava, mas sempre usava outra nomenclatura: periquita, pão doce, preciosa, nomes assim. Talvez porque julgasse que uma mulher não deveria gostar de buceta, que pega mal. Que esse é um direito apenas dos homens. Mas ela adorava essa palavra, ficava louca. Mas até então só conseguia pensar nunca falava.
Ouviu o motor silenciar em frente à casa. Rapidamente aplicou um blush e um rímel, apenas para ressaltar o olhar e ganhar uma cor. Ele assobiou. Isso é bom, lembrou que a campainha está com defeito. É sinal que pensou em mim, que tá ligado. Hoje, nada daquele papo tântrico, hoje eu parto pra cima dele e com sorte ele será o cara que terei coragem de falar: Vai, come a minha buceta! Abre ela todinha! Pronunciar essas coisas lhe enchia de tesão. Mas raras foram as vezes que ousou pronunciar na hora do ato sexual a palavra buceta. Só na cabeça, pensava, mas sempre usava outra nomenclatura: periquita, pão doce, preciosa, nomes assim. Talvez porque julgasse que uma mulher não deveria gostar de buceta, que pega mal. Que esse é um direito apenas dos homens. Mas ela adorava essa palavra, ficava louca. Mas até então só conseguia pensar nunca falava.
Uma amiga dizia que quando ela encontrasse a pessoa certa ela teria coragem de ser ela mesma. De se entregar. E aí você não vai ter mais vergonha de nada. Pensava todas essas coisas que lhe traziam um sorriso tímido e safado à cara enquanto atravessava o corredor em direção a porta de vidro que deixava vazar a luz do sol, ela caminhou em direção a claridade até que nada mais pudesse ser visto. Ficou cega completamente ao abrir a porta. Ele entrou, ela abriu os olhos.
— Você me disse que acordava cedo.
— Tô acordada. Tava lendo na cama.
— Tem hoje tempo pra praticar?
— Tô acordada. Tava lendo na cama.
— Tem hoje tempo pra praticar?
Tomou Hanishira nos baços e a beijou. Quando esses lábios se desgrudaram ela pôde sentir, o gosto do abacaxi com hortelã e o celular de João vibrar no bolso. Ele desligou automaticamente o que fez com que ela se sentisse muito importante.
— Quer um café?
Ofereceu ao passar pela cozinha.
— Vim te levar até a Mesa do Imperador.
Ela teve um sobressalto. Não esperava sair, esperava voltar para cama e se enroscar com ele.
— Eu devo me trocar.
— Só se você quiser.
Ela adoraria ter coragem de montar na moto daquele jeito, mas não era assim tão descolada. Correu até o quarto e teve vontade de colocar o guarda roupa abaixo. Uma saia e uma blusa surgiram como num passe de mágica, meias e a calcinha. De volta à sala. João a tomou pela mão e a conduziu até a moto. Ele sabia a pressão certa ao lhe dar a mão. Na noite do último encontro enquanto dissertava baixinho em seus ouvidos as maravilhas do sexo tântrico. Ele segurava pressionando sua mão de tal maneira que a fazia delirar. E também teve aquele momento dos pés, onde se tocaram, pé com pé. Que só em pensar já fazia Hanishira ficar totalmente molhada. Ao sentar-se na moto, a sensação do motor
Ela adoraria ter coragem de montar na moto daquele jeito, mas não era assim tão descolada. Correu até o quarto e teve vontade de colocar o guarda roupa abaixo. Uma saia e uma blusa surgiram como num passe de mágica, meias e a calcinha. De volta à sala. João a tomou pela mão e a conduziu até a moto. Ele sabia a pressão certa ao lhe dar a mão. Na noite do último encontro enquanto dissertava baixinho em seus ouvidos as maravilhas do sexo tântrico. Ele segurava pressionando sua mão de tal maneira que a fazia delirar. E também teve aquele momento dos pés, onde se tocaram, pé com pé. Que só em pensar já fazia Hanishira ficar totalmente molhada. Ao sentar-se na moto, a sensação do motor
ligado, vibrando. Que delícia!
Sentiu sua buceta ser pressionada levemente como se no assento tivesse ali um encaixe perfeitinho então tudo que ela pode fazer foi prender seu condutor levemente com as pernas que sofriam pequenos espasmos e Hanishira abraçava João passando a mão em seus peitos peludos. O vento na cara e a sensação de liberdade. Ela usava uma saia de malha fina. Cortaram as ladeiras como quem corta nuvens. Cruzaram as montanhas das paineiras. As montanhas do Rio e seu cabelo sobrando em seu capacete coquinho amarelo. Ao vento. E Hanishira recebendo o perfume de seu shampoo de ervas.
João era um tipo diferente, parecia um indiano, tinha aquele moreno, negro meio cinza, meio cravo, meio canela. Um indiano mesmo. Só que brasileiro. Desde a primeira vez que Hanishira depositou os olhos nele, já ficou interessada. Seu palpite era de que ali tinha uma coisa gostosa.
De vez em quando ele falava algo para ela gritado para tentar ser ouvido apesar do barulho infernal que produzia a possante como ele mesmo a havia apelidado.
— Respira, deixa o ar entrar! Lembra da primeira lição do sexo tântrico?
Ela repetia.
— Deixa o ar entrar!
— Deixa tudo entrar!
— Aí que delícia!
— Vou te comer hoje todinha.
E ela tremeu. Pela primeira vez sentiu uma pontadinha de medo, mas tratou de afastar de si a síndrome de patrulha da cidade, de que todos os homens incríveis que se aproximavam de mulheres comuns são psicopatas em potencial, ou ao menos tem potencial para ser. E para aplacar o medo apertou mais forte seus peitos contra as costas de João, afastou-se um pouco e ficou lhe roçando os bicos e o pressionando com as pernas, aproveitando aquela trepidação do motor que para ela: Não vou esconder aqui, estava há
alguns meses sem trepar, poderia gozar a qualquer momento. O que seria um milagre, por que ela não era assim de gozar rápido. Isso nenhum homem podia falar dela. Sempre dera trabalho aos amantes mais dedicados. Precisava ser trabalhada para gozar. Mas aquele a quem ela agarrava pela cintura agora, já havia lhe trabalhado toda uma noite, e nem se quer a tocara. Havia lhe revelado em segredo as doze lições do sexo tântrico. Em um livro de bolso que ele sacou da pochete. Esse sabia mesmo do que gosta uma mulher. Havia estado a ponto de derreter nos braços daquele homem, só de toques nas mãos, massagens energéticas. Hoje ela sentiria o gosto dele.
Assim que chegaram à pedra do imperador, o sol estava quente. Nem mesmo os lagartos, que são atração do lugar, se atreviam a transitar pelo local.
Ele lhe ofereceu um pouco de água que trouxera em um cantil. Eles beberam e beijaram. E aquela água que a princípio gelada pareceu transformar-se em ardente. Ficaram ali pegando fogo. Ele meteu a mão pela blusa de Hanishira e colocou seus peitos pra fora, enquanto os lambia. Seus peitos eram fartos, mas de bicos pequenos que ao enrijecer quase desaparecia. João dava pequenas mordiscadas puxando os bicos para fora.
— Pode chegar alguém.
— Se chegar alguém eu arranco a tua roupa toda.
— Se chegar alguém eu arranco a tua roupa toda.
Ele já falou isso metendo a mão por debaixo da saia e puxando sua calcinha para baixo pelo fundo, riu de satisfação ao perceber que aquela bucetinha já estava bem molhadinha em ponto de bala, como dizem os mais safados. Pediu que ela colocasse as mãos no chão, só pra que ele pudesse olhar por esse ângulo.
Porque contou para ele a fantasia de se exibir? Sentia-se amedrontada e excitada pela possibilidade de realizar uma fantasia. Nunca imaginou que tivesse coragem, mas estava ali, pronta.
Ele era muito safado e ela adorava aquilo. Não estava sentindo medo ou vergonha e ela estava ali na rua. Tudo bem uma rua deserta, mas é rua. E ela estava com as mãos no chão, sua bunda para cima com um cara safado passando mão nela. Será que teria coragem de contar para alguém? Mas se não o fizesse teria valido a pena? De certo suas amigas mais íntimas teriam dificuldades até mesmo de acreditar no acontecido. E até o momento quase nada havia acontecido. Mas o que ela esperava? Sua cabeça estava quente como se tomasse doses de cachaça ao meio dia. Estava vermelha de estar naquela posição que no fundo era ridícula, mas que não tinha mais saída a partir do momento que aceitou a brincadeira, estava com a cara toda vermelha e por certo também vermelha estava sua querida companheira buceta. Que pulsava ao sol, após ter sido raspada quase que por completo logo após o término do primeiro encontro. João havia dito que raspadelas eram de sua preferência, permitiam sensações mais próximas, deixou escapar fingindo sem querer. Fazia parte, esse sabe como jogar. Ela não se arrependeu, podia sentir o sol lhe queimar e as mãos de seu motoqueiro, dedo a dedo deslizando por sua buceta e agora não parava de repetir para si: Vai, desliza na minha boceta inchada e quente.
Falava baixo, mas desejando falar para fora, enquanto se mantinha de bunda para cima abriu os olhos e deu de cara com os olhos de João. Ele estava agachado olhando para ela, o mundo de cabeça para baixo, ela o via e sentia a sua mão. Ele colocou na própria boca uma folha de louro que tirou do bolso e levou uma outra a boca de Hanishira.
Ela percebeu que ali, ele dava um salto a mais em suas etapas da conquista. O que ele poderia querer mais? Já estava semi nua, entregue. É por isso então, ele quer magia! E teve as mãos dele dentro dela. Enquanto mastigou o louro amargo.
— Vai te libertar.
Ele sumiu da sua vista e lhe chupou forte e demorado. Antes de ajudá-la a levantar, sorriu ao perceber que ela estava muito vermelha e teve vertigem quando o sangue voltou a circular para o corpo. Ele a aparou e a carregou até a mesa, a grande mesa do Imperador. Levou a mão de Hanishira em seu pau.
— A grande pedra!
Ela não teve tempo de falar nada, Ele tapou lhe a boca e ela gostou. E pedia para ela manter os olhos abertos e ela fazia esse esforço. E se esforçou tão bem que suas pálpebras pouco se mexiam, estavam fixadas nos olhos negros de João, que agora tinha olhos e pau. Para ela, ele tinha apenas olhos e pau. Ela deitada na pedra, ele segurou suas pernas no ar e com jeitinho nem muito delicado, nem muito bruto, certeiro, meteu seu pau que entrou deslizando, encaixando em cada curva por dentro dela. Momento já sonhado por Hanishira.
Ela então não conseguindo mais conter falou em boa altura: Mete na minha buceta! E ter dado esse grito à fez jorrar para fora, como se ele despertasse nela sua verdadeira vocação.
— Tô metendo!
E meteu. Direitinho, encaixadinho como nunca houvera sido. Ela cravou os dedos sem unhas pelo vício de comê-las, nas costas dele. E acompanhava seus movimentos como se já tivessem dançado aquela dança muitas vezes. Os olhos dele brilhavam. Ela concentrada neles e dançando em movimento continuo com o pau de João dentro dela. Teve a sensação de estarem sendo vigiados, olhos para todos os lados. Ele dizia para que ela não se preocupasse. Seus olhos fecharam e se deixaram levar. Ele era como um polvo estava dentro dela, na cintura, na bunda, no peito, estava em suas orelhas, no pescoço, pressionava levemente os dedos em movimentos circulares passeando ora em seu clitóris, ora em seu prêmio, como fez questão de apelidar na primeira vez que tocou nele ainda quando estava com bunda para o alto.
O sol quente sobre a pedra e ela com suas costas sentindo isso como uma dose extra em seu prazer. O movimento foi ficando intenso e mais ritmado, era a primeira vez que mesmo por baixo tinha liberdade de se mover. Como ele conseguiu a aquilo? Metia nela e ela mexia esfregando-se de maneira que os dois foram levados ao momento mais sonhado dos amantes, morrerem juntinhos a sua pequena morte. Ela soltou um gemido agudo e abriu os olhos num estímulo ao êxtase daquele momento e percebeu os olhos na árvore que pendia sobre a ponta da pedra, um punhado de olhos de lagartos os olhando. Uma
árvore de lagartos. E foram abrindo os olhos um a um com o grito de Hanishira e se sentindo acuados mudaram de cor e saltaram sobre as costas de João e sobre as pálpebras coladas desta moça, e sobre suas pernas e braços e pisotearam o casal, numa chuva de lagartos. Os dois ficaram ali petrificados. Demorou ainda um pequeno tempo para que conseguissem levantar. Ele saiu de cima dela em silêncio. Ela colocou a roupa, mas não achou sua calcinha. Ele ligou a moto e a chamou para subir. Quando ela colou seus peitos nas costas dele, ele virou sua cabeça levemente para traz. E perguntou se estava tudo bem. Hanishira balançou a cabeça afirmativamente. Ele colocou o braço para trás e segurou-a na buceta. Deu três leves tapinhas. Hanishira sorriu.
— Isso nunca tinha me acontecido. Não tão assim.
— Você é esquisito. Adoro o medo que sinto de você, Imperador.
Ele arrancou a moto ladeira abaixo. De vez em quando entre uma curva e outra ele dava gritos.
— Lagartos filhos da puta! Eu sou seu imperador e lhes ordeno que cada um procure sua própria mulher para comer!
Hanishira ouvia essas besteiras e se apaixonava cada vez mais. Ria e sentia João escorrer de dentro dela, ia chegar em casa com a saia toda suja. O amor é sujo.
Na Jardim Botânico engarrafada, ela continuava seu ritual de roçar os peitos nas costas de seu condutor. Os dois riam de prazer.
Depois desta trepada nunca mais voltaram a praticar nenhuma das doze lições de sexo tântrico, mas enquanto juntos, mantiveram o habito de se devorarem em lugares públicos.
Luciana Bezerra
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