Fui acampar neste último feriado. Na barraca ao meu lado do camping tinha um pai com seu filho de 14 anos.
A
dupla era simpática, educada, gente fina. O coroa me disse que era a
segunda vez dos dois naquela praia. E notei o carinho dele com o
garoto. O apreço que ele tinha por ensinar coisas valiosas ao seu
“filhão”, como ele o tratava.
Não fiquei prestando muita atenção no conteúdo, mas fiquei imaginando o que eu falaria pra um moleque que um dia eu possa vir a chamar de filho. Ou filhão.
Falaria pra ele deixar o celular de lado e olhar um pouco o céu. Dar um mergulho, uma corrida, jogar uma altinha, trocar ideia com alguém.
Falaria para ele que as coisas custam dinheiro, normalmente não são baratas e que o presente momento é fruto do trabalho duro.
Falaria que tudo bem ele pintar o cabelo de roxo. Azul. Verde. Laranja. Porque o tempo passa, a cor vai embora, a vida acontece, novas cores aparecem e dá sempre pra colocar algo novo na cabeça.
Falaria pra ele que a vida não é fácil, mas que pode ser mais simples.
Falaria que o amor é complicado. Porque às vezes a pessoa não te ama de volta. E às vezes mesmo que ame, o amor não é suficiente.
Falaria que sentir alguns sentimentos é doloroso. Mas que outros são gostosos demais de experimentar.
Mas que amar é bom. Sempre bom, mesmo quando parece ruim.
E tudo isso entraria por um ouvido e sairia pelo outro.
Os pais tentam. E vão (e devem) seguir tentando.
Não fiquei prestando muita atenção no conteúdo, mas fiquei imaginando o que eu falaria pra um moleque que um dia eu possa vir a chamar de filho. Ou filhão.
Falaria pra ele deixar o celular de lado e olhar um pouco o céu. Dar um mergulho, uma corrida, jogar uma altinha, trocar ideia com alguém.
Falaria para ele que as coisas custam dinheiro, normalmente não são baratas e que o presente momento é fruto do trabalho duro.
Falaria que tudo bem ele pintar o cabelo de roxo. Azul. Verde. Laranja. Porque o tempo passa, a cor vai embora, a vida acontece, novas cores aparecem e dá sempre pra colocar algo novo na cabeça.
Falaria pra ele que a vida não é fácil, mas que pode ser mais simples.
Falaria que o amor é complicado. Porque às vezes a pessoa não te ama de volta. E às vezes mesmo que ame, o amor não é suficiente.
Falaria que sentir alguns sentimentos é doloroso. Mas que outros são gostosos demais de experimentar.
Mas que amar é bom. Sempre bom, mesmo quando parece ruim.
E tudo isso entraria por um ouvido e sairia pelo outro.
Os pais tentam. E vão (e devem) seguir tentando.
Eduardo Moraes
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