terça-feira, 27 de outubro de 2009

Masculino raríssimo, de Carla Cavalcoliver

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Eu teria interrompido aí minha pesquisa, por um tempo, depois do recente desengano com a espécie, se a providencia não tivesse posto ao meu alcance um masculino raríssimo, cópia única um homem magistral obra do sábio da atualidade, Daniel, mestre doador, o mesmo que fez a predição de uma vida feliz. Ora, Daniel estava persuadindo de que a vida dispusera a felicidade para o desfruto imediato do homem, não apenas de seu destino pessoal, mas também do destino da humanidade.
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Segundo ele, existem dois grandes padrões, um possibilita conhecer a felicidade, a participação no aqui agora, e o espectador em declínio a morte adiando o fenômeno presente, preocupando a cada instante com o feliz, duvidoso futuro.
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Presente e futuro.
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Aos vinte e poucos anos aproximadamente, esses dois padrões do tempo causam esquizofrenia. Mas na confusão mental se produz um novo animo: a consciência renovando a possibilidade. Dani, sábio deste século avança no tempo, mantendo-se jovem, todos os momentos produzem felicidade, não tem que pensar apenas ver!
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Mergulhando em sua obra, doada generosamente, pude constatar, com o coração pulsando, que ele identificou a essência da vida de qualquer era.
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Refinando sua certeza no modo que dirige a vida. Esse ato está apontado no comportamento de sua obra. Devo confessar-lhe, que um grande arrepio de confiança sacudiu minha alma e mente.
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Veio-me a idéia há um tempo, quando questionei e agora ao encontrar o sábio deste século, pela primeira vez Daniel Sinay.
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Age como se soubesse onde está indo, embora na realidade não tenha certeza do que virá; o que importa é que ele percorre o caminho que escolheu.
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Fez-me entender como age o sábio; não se pode reclamar ou arrepender-se: a vida é um desafio constante, e os desafios não são bons ou ruins – São apenas desafios.
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Generoso me indicou como é para um sábio, a arte do desafio (arte de viver), deve ser combinada com leveza, ausência de tensão e de ambição, sendo gentil com os outros, sobretudo gentil consigo mesmo.
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Guerreiro segue com vida própria, percorrendo se alegra a intenção que o faz continuar depende apenas da alegria, não do pensamento de ambição, ou do objetivo, do desejo, ou até do medo – mas aquilo que o faz seguir adiante mesmo quando todo o mundo diz que será vencido, ou que escolheu não está certo.
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Ninguém o consegue obrigar a fazer coisas que não deseja, e assume a responsabilidade de seus atos.
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Pensa que não tem nada a perder, o medo já não consegue tirar sua energia, e ele consegue aplicá-la para viver, com a certeza que todas as ferramentas para enfrentar os desafios estão em suas mãos, também chamadas experiências trazidas pela maturidade que o permite superar educadamente.
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Além da masculinidade que me assalta, o juízo, como conseguir realizar qualquer idéia sem me envolver com tal beleza, já que a espécie falha com exatidão dia a dia, eu não resistiria tal masculinidade incontestável.
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Todos sabem tão bem quanto eu da minha afinidade pelo masculino, jaz perfeito, na figura de garoto, cuja grande impressão baseasse no interior.
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Refleti longamente sobre está questão, e a resposta me veio hoje, tão singular quanto surpreendente.
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Um meio de conhecer o sexo masculino é confrontar. Colocando-se tão próximo, tão chegado quanto o parceiro de futevôlei.
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— Quando atingi essa etapa da minha pesquisa, não pude seguir senão com apreço a classe, a tal ponto o que acabo de descobri entre tantos outros, graças à masculinidade raríssima saltando e minha admiração atenta: o sábio contemporâneo, e através dele argumentos para amar a vida e a natureza masculina.
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Carla Cavalcoliver
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Um comentário:

diego disse...

muito bom, gostei muito.