Ludo-
-casa se desloca em blocos.
Os dados na mesa -- herança dos
lados que assumi -- dão sempre ímpar.
É assim que se decide o chão.
Sapatos & chinelos nus
fazem os passos de quem os estacou ali
e foi dançar sozinho (o mesmo de sempre:
dois pra lá pelas uvas, pão e café amargo;
dois pra cá pela rotineira qualquer coisa).
O pó acumulado no canto (em afinações
de escombro -- memento homo,
quia pulvis es) diz que tudo está bem.
Que a ordem é de queda e reentrâncias:
a quarta dimensão é a solidária gravidade.
Só as paredes são felizes,
desmoronadiças, em ânsias de cubismos.
Cada toque em seus interruptores é preparação
para o tombo. Baixo meretrício
violado por dedos de luz última.
E o teto debatendo a retirada possível.
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