O que espera essa noite de mim conhecerei
Digno de estranhar-me pelo elemento obscuro
No jantar das pessoas vegetando fora da inteligência;
Dessa vida tenho tudo diante dos meus pés, vejo mais
Ainda sobre o espírito absoluto e o corpo mutável.
Dilacerado desejo ardente nos vitrais do templo reinante
Nessa rua cosmopolita. Procuro agora ditoso e seriamente
Maluco por límpidas atenções febris! Febris! Esta é a palavra
Cortante! Dilacerante vertendo o vinho tinto do crepúsculo
Medonho de mui prazer.
Mais calmo entender sob a sombra do querer-te Amor saltitante;
Pouca emanação doce do homem bruto pelo dobrar de
Raiva, vendo sem sequer ter prometido o que jamais iria cumprir!
Não ponha pra fora escorraçando um cão servil e desastroso
Como qualquer vadio que acaba presenciando a asneira
Suicida dessa era mórbida - burra burra burra burra !........
Vadio e tudo o que quiseres proferir da patética boca;
Vadio sondando a tolice que tanto acabamos por voltar,
Para onde nunca sairemos, ou com certeza, nunca ilesos.
Densidade por densidade simplificando todo o nosso caminhar
Solitário, bobos que somos apaixonantes - e peça noturna
Trágica conhecemos bem, e continuamos a nos deitar com
Vossa graça. E a senhora diz:
Já são dez da manhã vagabundo!
André Siqueira
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