quinta-feira, 23 de julho de 2015

Granada


afora à marcha da prosa,
                                       a palavra
do poema arma-se
na violência do poeta

e rebenta ao escândalo do papel:
reconhecida e inédita

numa guerra sem quartel,
                                          explode,
solitariamente, contra si
e para todos...

deslocada e fecunda,
domina-se
e esquece o próprio amparo

por isso, no poema
é sempre uma pergunta

por isso, no poema
é sempre um estilhaço...

Flávio Morgado

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