afora à marcha da prosa,
a palavra
do poema arma-se
na violência do poeta
e rebenta ao escândalo do papel:
reconhecida e inédita
numa guerra sem quartel,
explode,
solitariamente, contra si
e para todos...
deslocada e fecunda,
domina-se
e esquece o próprio amparo
por isso, no poema
é sempre uma pergunta
por isso, no poema
é sempre um estilhaço...
Flávio Morgado
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