segunda-feira, 6 de julho de 2015

Poema de Danilo Diógenes


Pra Barbara Matias

Trinta cópias
da mesma palavra e ainda não sei
a maneira certa de escrevê-la.

Seria mais fácil
se não fosse o seu nome.
Seria mais fácil
se fosse uma flor
e eu tivesse que dar um nome pra ela.

O seu devia servir.

Ou o nome de uma estrela
que eu encontrasse num livro de astronomia.

Trinta vezes escrevi seu nome nessa folha
e as letras dele ainda me confundem... Sou pequeno diante de cada
uma
delas.
Sou o personagem que fica ao lado do Frank Castle
quando ele explode a cabeça de um bandido e o sangue se espalha
por todo canto.

Mas eu vou acabar
com isso agora mesmo.
Vou transformar essa folha
numa bola.

Uma bonita
e reluzente
bola de papel.

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