É preciso afinar o violino.
O piano
O violoncelo. Tocar a harpa até o acorde sair perfeito.
Dedilhar a corda. Ouve o tom.
Tá perto do certo.
Tá perto do bom.
Agora toca. Toca.
As notas deslizam pelo ar.
Chamam o piano.
E agora passeiam juntos. Mãos entrelaçadas.
Juntos assim. Até a perfeição.
Ah, a flauta!
Hora da flauta entrar por aqui.
Cantam passarinhos. Aqui brotam os pássaros.
E brotam pelo ar.
As explosões antecedem o grande silêncio.
Porque...
Psiu..
Chegaram os violinos.
Afina...
Um fio de luz. O movimento do corpo gera a brisa que balança
a cortina.
Aparece a perna musculosa.
Entra a bailarina! Estica o corpo a exaustão. o máximo grau
da dor.
O peso do gesso nas sapatilhas. Sobe força que rodopia e
gira
Até que os braços se escancarem na oportunidade de um abraço
Que chama o abrir do cenário.
Telhas, teto e gesso cedem
à majestade.
Alegoria
Rompe o sol.
É primavera!
Regina Pombo Nogueira
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