Dentre os pássaros, um rei
encolhido, solitário
na sua plumagem dourada
contradiz os sons e alaridos.
O silêncio se acostuma com as horas
Pássaro e ousado
a leitura do mundo em seus olhos.
Acordado no dia
o sol, límpido e austero.
Voo em alinho
no alinhave da rede humana.
Malabares em surdina
cortejando o chão, voo.
O entrecortar de nuvens, ar
no longínquo espaço do risco.
Ziguezagues em desatino, lindo
o ar se molha de chuva
É o choro do pássaro
na sua solidão profunda.
Alexandra Vieira de Almeida
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