Uma embarcação no leito
e a lenta morte fazia sua hora.
O barco de papel trazia
um alfabeto de esqueletos mágicos.
O sol penetrava nos cabelos
das palavras doces
do livro itinerário.
No rio de símbolos
costurados pelo céu
um tapete de lágrimas.
A chuva se fez prece dos viajantes
percorrendo os papéis do vento.
Duas taças, a aliança
no ritmo dos vagalumes
a luz, acesa a espera.
O mapa do mistério da morte
amor em pedaços, sangra a lua.
A viagem pela escrita
um vazio de tempo
a bússola inumana das raízes.
O papel se mancha de tinta ácida
o rio percorre as pupilas – lenda
viajante sou de um barco maior –
o mar.
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